Uma linha de tempo é traçada, / nessa linha, existe uma cruz,
e na cruz,
a batalha é travada / para a alma do homem ganhar.
De um lado,
as trevas se formam, / tropas mil de demônios do mal,
e do outro
‘stão os anjos da glória, / no Calvário é o encontro final.
O conflito
é duro e tremendo /e o sol se recusa a brilhar,
pois o
Filho de Deus ‘stá pregado / e então, Ele grita afinal:
Consumado!
Findou a batalha. / Consumado! A guerra acabou.
Consumado!
É o fim do conflito. / Consumado! Jesus triunfou!
Conheço o hino “It
is finished”, do casal William e Gloria Gaither, há muitos anos e ele
sempre me emocionou. O significado de sua mensagem é muito profundo e amplo
para a nossa vida cristã. O texto inicial acima é a tradução para o português
do poema do hino. A primeira estrofe é triunfante e transmite-nos a luta entre
“os demônios do mal” e “os anjos da glória” pela alma do homem, acontecida na
eternidade. Na linha de tempo traçada, a cruz que nela se levanta representa o
sacrifício de Cristo por nós. Da cruz, ao morrer, Jesus brada “Te
telestai!”, “Está consumado!” Jesus triunfou, vencendo os conflitos, a
batalha e a guerra em nosso lugar.
No entanto, a segunda
estrofe é pessoal, remete-nos para o interior de cada um de nós, e diz:
Mas o meu
coração ‘inda luta, / prisioneiro da guerra ainda sou.
Eu criei
mil conflitos sozinho, / sem saber da vitória final.
Então vi
que o Deus Soberano / já havia lutado por mim,
e a vitória
já me pertencia. / Aleluia! Liberto hoje estou!
Consumado! Findou
a batalha. / Consumado! A guerra acabou.
Consumado!
É o fim do conflito. / Consumado! E Cristo é o Senhor!
A luta pela
salvação da alma do homem muda de foco, transferindo-se da eternidade para o
coração humano. Dentro do meu coração ainda há lutas e eu sou um prisioneiro da
guerra: costumo criar até muitos conflitos, muitos campos de batalha
inexistentes, sem ter conhecimento da vitória final. Descubro então que o Deus
soberano já havia lutado por mim e que a vitória já me pertencia, estava à minha
disposição: Aleluia! Hoje eu estou liberto. Repete-se então o estribilho, o
coro do hino em tom triunfante, confirmando a vitória final do Salvador
morrendo para que eu, um pecador, pudesse ser salvo.
Durante
anos, procurei traduzir a mensagem original do inglês para o português, para
que o hino, que me emocionava e edificava a minha vida, pudesse também fazer o
mesmo pelos meus irmãos da Igreja. Lutei com esta tradução durante anos sem
conseguir terminar a obra, até que, na Páscoa deste ano de 2020, Deus permitiu
que eu terminasse a obra e os irmãos a têm neste texto. É um poema inédito na
nossa língua, apenas agora divulgado.
Na mesma
ocasião em que Deus me permitiu concluir esta tradução, lá nos Estados Unidos,
o pastor John Piper terminava o seu livro “Coronavírus e Cristo”, abordando a
atual pandemia. Ele começa o prefácio de sua obra dizendo: “Escrevi
este livro nos últimos dias de março de 2020, na linha de frente da pandemia
global conhecida como corona vírus, ou tecnicamente, COVID-19”. O
livro foi traduzido para o português por Vinicius Pimentel e lançado pela Fiel,
já estando à venda e mesmo à disposição na internet. Logo no primeiro capítulo,
o autor afirma: “Lembro-me de ter sido informado em 21 de dezembro de 2005
que eu tinha câncer de próstata. Nas semanas seguintes, toda conversa foi sobre
probabilidades... Além da coincidência de datas entre a tradução e a
redação do livro, percebi logo que tanto eu quanto o pastor Piper havíamos
enfrentado o mesmo problema: a luta contra o câncer. Refletindo então sobre as
coincidências da história, resolvi preparar este blog, procurando
juntar a experiência contra o câncer com a pandemia, tendo ainda o apoio do
livro publicado sobre o COVID-19, além de todo o noticiário à disposição na
mídia.
Tem,
portanto, este trabalho duas frentes: 1. a tentativa do entendimento do que
está acontecendo no mundo com esta pandemia; 2. a reflexão sobre o que Deus
está fazendo ao permitir tudo isto. Estou plenamente convencido de que Deus tem
um plano para a minha vida, para a sua vida e para a vida da Igreja ao permitir
que algo tão minúsculo, invisível a olho nu, venha paralisando as atividades
humanas como nunca antes havia acontecido, de uma forma global. Que Deus nos
abençoe ao iniciarmos esta empreitada e que nossas vidas possam ser impactadas
pelo poder de um Deus transcendente, ao qual nós tememos, mas
também imanente, ao qual adoramos, oramos e procuramos seguir. Tudo
seja para sua honra e glória!
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