“Nabucodonosor levou para o exílio, na Babilônia, os remanescentes (...) para serem seus escravos...” (2 Crônicas 36.20)
“Então vi novos céus e
nova terra (...) Vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus,
da parte de Deus...”
(Apocalipse 21.1-2a).
Na profecia de Daniel, a
característica marcante do Império Babilônico é representada pela cabeça de
ouro. Babilônia, sua metrópole, alcançou uma altura nunca antes alcançada por
nenhum dos sucessores de Nabucodonosor. Situada em um jardim no Oriente,
ocupava um quadrado perfeito de aproximadamente 90 quilômetros de circunferência,
cerca de 24 quilômetros de cada lado. Era cercada por uma muralha de cerca de
oitenta metros de altura e vinte e sete metros de espessura, circundada por um
fosso; dividida em quadrados por suas muitas ruas, cada uma com 45 metros de
largura, com cruzamentos em ângulos retos; a cidade se estendia em jardins e
recantos de prazer visual, intercalados por magníficas vivendas, com seus cem metros de fosso e de muralha
externa, seus sessenta metros de muro de rio cruzando o centro da cidade, seus
portões de bronze sólido, seus jardins suspensos com terraços acima de terraços
até alcançarem a altura das próprias muralhas, seu majestoso templo de Belos (ou
Marduque), seus dois palácios reais conectados por túneis subterrâneos sob o
rio Eufrates, seu projeto perfeito para privilégio, ornamentação e defesa, bem
como seus recursos ilimitados de cidade, Babilônia possuía em si mesma muitas
coisas que eram singulares, na grande maravilha que era a cidade para o mundo
antigo. Lá, com todo o mundo prostrado aos seus pés, uma rainha de inigualável
grandeza, ostentando o título de “a glória dos reinos, a beleza da excelência
dos caldeus”, levantava-se a cidade, capital adequada daquele reino
representado pela cabeça de ouro desta grande imagem histórica.
Essa era a Babilônia, em cujo
trono sentou-se Nabucodonosor, no melhor da sua vida, coragem, vigor e
realizações, quando Daniel adentrou suas muralhas para servir como um cativo em
seus gloriosos palácios, durante setenta anos. Lá os filhos do Senhor, mais
oprimidos do que extasiados pela glória e prosperidade da terra do seu
cativeiro, penduraram suas harpas nos salgueiros às margens do Eufrates,
chorando ao se lembrarem de Sião. Lá começou o estado cativo da igreja ainda em
um sentido mais amplo, pois desde aquele tempo, o povo de Deus tem estado em
sujeição aos poderes terrenos, oprimido por eles de forma progressiva. Assim
eles ficarão, até que todos os poderes terrenos finalmente se submetam ao
Cordeiro, aquele que tem o direito de reinar.
No entanto, aguardem: aquele
dia de livramento lentamente se aproxima. Em outra cidade, não somente Daniel,
mas todos os filhos de Deus, do menor ao maior, do mais baixo ao mais alto,
logo entrarão. Não é meramente uma cidade de noventa quilômetros de
circunferência, mas de mais de dois mil e duzentos quilômetros, muito maior,
portanto; uma cidade cujos muros não são de tijolos e betume, mas de pedras
preciosas e jasper; cujas ruas não são as vias pavimentadas da Babilônia (embora
fossem elas lisas e bonitas), mas de ouro transparente; cujo rio não é o
Eufrates, mas o rio da Vida; cuja música não são suspiros e lamentos dos
cativos de coração partido, mas emocionantes hinos de vitória sobre a morte e o
túmulo, do qual multidões resgatadas se erguerão; cuja luz não é a bruxuleante iluminação
terrena, mas a incessante e inefável glória de Deus e do Cordeiro. A essa
cidade eles virão, não como cativos entrando em uma terra estrangeira, mas como
exilados retornando à casa de seu pai; não estarão voltando para um lugar onde conviverão
com palavras assustadoras como "servidão," "escravidão" e "opressão",
mas para um lugar onde as doces palavras "lar", "liberdade",
"paz", "pureza", "indizível bênção" e "vida
sem fim" encherão suas almas com deleite para sempre e sempre. Sim, nossa
boca encheu-se de riso e a nossa língua de cantos de alegria quando
o Senhor trouxe os cativos de volta a Sião.
A velha cidade histórica de
Babilônia deixou de existir ao longo do tempo, com a mudança pelos persas da
capital para Susã, recém construída, e o abandono de suas edificações. Assim
morreu uma das sete maravilhas do mundo antigo. No Apocalipse, Babilônia
aparece como a Grande Prostituta, corruptora dos reis e reinos deste mundo, destruída
após a sétima taça derramada com a derradeira praga da ira de Deus. Jerusalém,
conquistada inicialmente por Davi aos jebuseus, capital do Reino de Israel, foi
o local onde o Cordeiro de Deus foi morto. Ainda hoje é a capital do país
chamado Israel. A Nova Jerusalém é o nosso destino final, desde que tenhamos
aceitado o sacrifício do Cordeiro de Deus como tendo sido realizado em nosso
lugar, pelo pecado de cada um de nós. Se você não for para a Nova Jerusalém, seu
destino será a ira de Deus. “Meu amigo, / hoje tu tens a escolha: / vida ou
morte, / qual vais aceitar?”
Escolha a vida em Cristo Jesus!
Aproveite, antes que ele volte!
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