sábado, 24 de abril de 2021

23. DA VELHA BABILÔNIA À NOVA JERUSALÉM

 “Nabucodonosor levou para o exílio, na Babilônia, os remanescentes (...) para serem seus escravos...” (2 Crônicas 36.20)

“Então vi novos céus e nova terra (...) Vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus...”

(Apocalipse 21.1-2a).

Na profecia de Daniel, a característica marcante do Império Babilônico é representada pela cabeça de ouro. Babilônia, sua metrópole, alcançou uma altura nunca antes alcançada por nenhum dos sucessores de Nabucodonosor. Situada em um jardim no Oriente, ocupava um quadrado perfeito de aproximadamente 90 quilômetros de circunferência, cerca de 24 quilômetros de cada lado. Era cercada por uma muralha de cerca de oitenta metros de altura e vinte e sete metros de espessura, circundada por um fosso; dividida em quadrados por suas muitas ruas, cada uma com 45 metros de largura, com cruzamentos em ângulos retos; a cidade se estendia em jardins e recantos de prazer visual, intercalados por magníficas vivendas,  com seus cem metros de fosso e de muralha externa, seus sessenta metros de muro de rio cruzando o centro da cidade, seus portões de bronze sólido, seus jardins suspensos com terraços acima de terraços até alcançarem a altura das próprias muralhas, seu majestoso templo de Belos (ou Marduque), seus dois palácios reais conectados por túneis subterrâneos sob o rio Eufrates, seu projeto perfeito para privilégio, ornamentação e defesa, bem como seus recursos ilimitados de cidade, Babilônia possuía em si mesma muitas coisas que eram singulares, na grande maravilha que era a cidade para o mundo antigo. Lá, com todo o mundo prostrado aos seus pés, uma rainha de inigualável grandeza, ostentando o título de “a glória dos reinos, a beleza da excelência dos caldeus”, levantava-se a cidade, capital adequada daquele reino representado pela cabeça de ouro desta grande imagem histórica.

Essa era a Babilônia, em cujo trono sentou-se Nabucodonosor, no melhor da sua vida, coragem, vigor e realizações, quando Daniel adentrou suas muralhas para servir como um cativo em seus gloriosos palácios, durante setenta anos. Lá os filhos do Senhor, mais oprimidos do que extasiados pela glória e prosperidade da terra do seu cativeiro, penduraram suas harpas nos salgueiros às margens do Eufrates, chorando ao se lembrarem de Sião. Lá começou o estado cativo da igreja ainda em um sentido mais amplo, pois desde aquele tempo, o povo de Deus tem estado em sujeição aos poderes terrenos, oprimido por eles de forma progressiva. Assim eles ficarão, até que todos os poderes terrenos finalmente se submetam ao Cordeiro, aquele que tem o direito de reinar.

No entanto, aguardem: aquele dia de livramento lentamente se aproxima. Em outra cidade, não somente Daniel, mas todos os filhos de Deus, do menor ao maior, do mais baixo ao mais alto, logo entrarão. Não é meramente uma cidade de noventa quilômetros de circunferência, mas de mais de dois mil e duzentos quilômetros, muito maior, portanto; uma cidade cujos muros não são de tijolos e betume, mas de pedras preciosas e jasper; cujas ruas não são as vias pavimentadas da Babilônia (embora fossem elas lisas e bonitas), mas de ouro transparente; cujo rio não é o Eufrates, mas o rio da Vida; cuja música não são suspiros e lamentos dos cativos de coração partido, mas emocionantes hinos de vitória sobre a morte e o túmulo, do qual multidões resgatadas se erguerão; cuja luz não é a bruxuleante iluminação terrena, mas a incessante e inefável glória de Deus e do Cordeiro. A essa cidade eles virão, não como cativos entrando em uma terra estrangeira, mas como exilados retornando à casa de seu pai; não estarão voltando para um lugar onde conviverão com palavras assustadoras como "servidão," "escravidão" e "opressão", mas para um lugar onde as doces palavras "lar", "liberdade", "paz", "pureza", "indizível bênção" e "vida sem fim" encherão suas almas com deleite para sempre e sempre. Sim, nossa boca encheu-se de riso e a nossa língua de cantos de alegria quando o Senhor trouxe os cativos de volta a Sião.

A velha cidade histórica de Babilônia deixou de existir ao longo do tempo, com a mudança pelos persas da capital para Susã, recém construída, e o abandono de suas edificações. Assim morreu uma das sete maravilhas do mundo antigo. No Apocalipse, Babilônia aparece como a Grande Prostituta, corruptora dos reis e reinos deste mundo, destruída após a sétima taça derramada com a derradeira praga da ira de Deus. Jerusalém, conquistada inicialmente por Davi aos jebuseus, capital do Reino de Israel, foi o local onde o Cordeiro de Deus foi morto. Ainda hoje é a capital do país chamado Israel. A Nova Jerusalém é o nosso destino final, desde que tenhamos aceitado o sacrifício do Cordeiro de Deus como tendo sido realizado em nosso lugar, pelo pecado de cada um de nós. Se você não for para a Nova Jerusalém, seu destino será a ira de Deus. “Meu amigo, / hoje tu tens a escolha: / vida ou morte, / qual vais aceitar?”

Escolha a vida em Cristo Jesus! Aproveite, antes que ele volte!  

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