“Vi também
os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e livros foram abertos.
Outro livro foi aberto, o Livro da Vida. Os mortos foram julgados de acordo com
o que tinham feito, segundo o que estava registrado nos livros” (Apocalipse
20.12).
Os livros
que serão abertos no julgamento de Deus contêm o que os seres humanos têm feito
em sua vida terrena; o outro livro aberto, o Livro da Vida, registra o nome dos
salvos por Cristo.
Este é um texto bastante
diversificado. Apocalipse 19.5-21 e o capítulo 20 é um texto bíblico que aborda
uma meia dúzia de temas diferentes, todos ligados ao Juízo Final de Deus sobre
a humanidade. Vamos aos temas.
Uma voz surge do trono, conclamando
os servos de Deus, tanto pequenos como grandes, a louvarem ao Criador. Uma grande
multidão então bradou: “Aleluia, pois reina o Senhor, o nosso
Deus, o Todo-poderoso. Regozijemo-nos! Vamos nos alegrar e
dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a
sua noiva já se aprontou. Para vestir-se, foi-lhe dado linho fino,
brilhante e puro”. O verso termina dizendo que o linho fino
representa os atos justos dos santos. Em muitos momentos, a Igreja é chamada no
Novo Testamento de “a noiva de Cristo”. Chegou finalmente o momento
do casamento, ou seja, da junção de Cristo com os seus seguidores, no grande
banquete do casamento do Cordeiro, para felicidade dos convidados. A parábola
contada por Jesus diz que, entre dez virgens, cinco entraram porque suas lamparinas
tinham azeite, e cinco perderam a festa. Você, cristão, tem procurado manter
sua lamparina acesa?
Nos céus
abertos surge então, diante de João, “um cavalo branco, cujo cavaleiro
se chama Fiel e Verdadeiro”, o qual julga e guerreia com justiça. Sua
descrição simbólica revela olhos são como chamas de fogo, muitas coroas em sua
cabeça e um nome que só ele conhece, e ninguém mais; ele se veste com “um
manto tingido de sangue, e o seu nome é Palavra de Deus”. O cavaleiro
se faz acompanhar de “exércitos dos céus vestidos de linho fino, branco e
puro, e montados em cavalos brancos”. Sai de sua boca “uma espada
afiada, com a qual ferirá as nações”. “Ele as governará com cetro
de ferro,” pisando “o lagar do vinho do furor da ira do Deus
todo-poderoso”. “Em seu manto e em sua coxa está escrito este nome:
Rei dos Reis e Senhor dos Senhores”.
Um anjo que
estava em pé no sol clamava em alta voz a todas as aves que voavam pelo
céu: “Venham, reúnam-se para o grande banquete de Deus, para
comerem carne de reis, generais e poderosos, carne de cavalos e seus
cavaleiros, carne de todos – livres e escravos, pequenos e grandes”. A
besta, os reis da terra e os seus exércitos estavam reunidos para guerrearem
contra o cavaleiro do cavalo branco e seu exército. “Mas a besta foi
presa, e com ela o falso profeta que havia realizado os sinais miraculosos em
nome dela, com os quais ele havia enganado os que receberam a marca da besta e
adoraram a imagem dela. Os dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde
com enxofre”. Os demais foram mortos com a espada que saía da boca do
cavaleiro, “e todas as aves se fartaram com a carne deles”.
Um anjo com a chave do Abismo e uma
grande corrente prendeu o dragão (a antiga serpente, o Diabo, Satanás) e o
acorrentou por mil anos; lançou-o no Abismo, fechou-o e pôs um selo sobre ele,
para assim impedi-lo de enganar as nações, até que terminasse o milênio. Ele
será solto por pouco tempo depois disso.
João vê
então tronos em que se assentaram os que têm autoridade para julgar. Ele avista
também as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da
palavra de Deus, que não tinham adorado a besta nem a sua imagem nem tinham
recebido a sua marca na testa ou nas mãos. Eles ressuscitaram e reinaram com
Cristo durante mil anos (foi a primeira ressurreição). O restante dos
mortos somente será ressuscitado após o milênio. Os que participam da
primeira ressurreição são felizes e santos, pois a segunda morte (morte
espiritual) não tem poder sobre eles. Eles serão sacerdotes de Deus e de Cristo
e reinarão com ele durante mil anos.
No final do
milênio, Satanás será solto da sua prisão e sairá para enganar todas as
nações da terra, bem como a Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a
batalha. No livro de Ezequiel, Gogue e Magogue são nomes simbólicos dados
às nações que se rebelam contra Deus e são hostis ao seu povo. O número de integrantes desse exército é
incontável como a areia do mar. Na batalha, as nações marcharam por toda a
superfície da terra e cercaram o acampamento dos santos, a cidade amada, mas um
fogo desceu do céu e as devorou. Satanás, o enganador, foi lançado no lago de
fogo que arde com enxofre, onde já haviam sido lançados a besta e o falso
profeta; eles serão atormentados dia e noite, para todo o sempre.
Acontece
finalmente o julgamento de Deus diante do grande trono branco. A terra e o
céu já não mais existiam. Os que haviam morrido, grandes e pequenos,
estavam em pé diante do trono. O mar, a morte e o Hades entregaram os mortos
que neles havia e livros foram abertos. Foi também aberto o livro da vida. Os
mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que estava
registrado nos livros. O lago de fogo recebeu aqueles cujos nomes não foram
encontrados no livro da vida, bem como a morte e o Hades: não havia mais
necessidade deles, pois finalmente a morte fora tragada na vitória.
Nenhum comentário:
Postar um comentário