segunda-feira, 29 de março de 2021

16. HÃO DE ACONTECER: JULGAMENTO E CONSEQUÊNCIAS

“Vi também os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e livros foram abertos. Outro livro foi aberto, o Livro da Vida. Os mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que estava registrado nos livros” (Apocalipse 20.12). 

Os livros que serão abertos no julgamento de Deus contêm o que os seres humanos têm feito em sua vida terrena; o outro livro aberto, o Livro da Vida, registra o nome dos salvos por Cristo. 

Este é um texto bastante diversificado. Apocalipse 19.5-21 e o capítulo 20 é um texto bíblico que aborda uma meia dúzia de temas diferentes, todos ligados ao Juízo Final de Deus sobre a humanidade. Vamos aos temas.

Uma voz surge do trono, conclamando os servos de Deus, tanto pequenos como grandes, a louvarem ao Criador. Uma grande multidão então bradou: “Aleluia, pois reina o Senhor, o nosso Deus, o Todo-poderoso. Regozijemo-nos! Vamos nos alegrar e dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já se aprontou. Para vestir-se, foi-lhe dado linho fino, brilhante e puro”. O verso termina dizendo que o linho fino representa os atos justos dos santos. Em muitos momentos, a Igreja é chamada no Novo Testamento de “a noiva de Cristo”. Chegou finalmente o momento do casamento, ou seja, da junção de Cristo com os seus seguidores, no grande banquete do casamento do Cordeiro, para felicidade dos convidados. A parábola contada por Jesus diz que, entre dez virgens, cinco entraram porque suas lamparinas tinham azeite, e cinco perderam a festa. Você, cristão, tem procurado manter sua lamparina acesa?

Nos céus abertos surge então, diante de João, “um cavalo branco, cujo cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro”, o qual julga e guerreia com justiça. Sua descrição simbólica revela olhos são como chamas de fogo, muitas coroas em sua cabeça e um nome que só ele conhece, e ninguém mais; ele se veste com “um manto tingido de sangue, e o seu nome é Palavra de Deus”. O cavaleiro se faz acompanhar de “exércitos dos céus vestidos de linho fino, branco e puro, e montados em cavalos brancos”. Sai de sua boca “uma espada afiada, com a qual ferirá as nações”“Ele as governará com cetro de ferro,” pisando “o lagar do vinho do furor da ira do Deus todo-poderoso”. “Em seu manto e em sua coxa está escrito este nome: Rei dos Reis e Senhor dos Senhores”.

Um anjo que estava em pé no sol clamava em alta voz a todas as aves que voavam pelo céu: “Venham, reúnam-se para o grande banquete de Deus, para comerem carne de reis, generais e poderosos, carne de cavalos e seus cavaleiros, carne de todos – livres e escravos, pequenos e grandes”. A besta, os reis da terra e os seus exércitos estavam reunidos para guerrearem contra o cavaleiro do cavalo branco e seu exército. “Mas a besta foi presa, e com ela o falso profeta que havia realizado os sinais miraculosos em nome dela, com os quais ele havia enganado os que receberam a marca da besta e adoraram a imagem dela. Os dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre”. Os demais foram mortos com a espada que saía da boca do cavaleiro, “e todas as aves se fartaram com a carne deles”.

Um anjo com a chave do Abismo e uma grande corrente prendeu o dragão (a antiga serpente, o Diabo, Satanás) e o acorrentou por mil anos; lançou-o no Abismo, fechou-o e pôs um selo sobre ele, para assim impedi-lo de enganar as nações, até que terminasse o milênio. Ele será solto por pouco tempo depois disso.

João vê então tronos em que se assentaram os que têm autoridade para julgar. Ele avista também as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus, que não tinham adorado a besta nem a sua imagem nem tinham recebido a sua marca na testa ou nas mãos. Eles ressuscitaram e reinaram com Cristo durante mil anos (foi a primeira ressurreição). O restante dos mortos somente será ressuscitado após o milênio.  Os que participam da primeira ressurreição são felizes e santos, pois a segunda morte (morte espiritual) não tem poder sobre eles. Eles serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele durante mil anos.

No final do milênio, Satanás será solto da sua prisão e sairá para enganar todas as nações da terra, bem como a Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a batalha. No livro de Ezequiel, Gogue e Magogue são nomes simbólicos dados às nações que se rebelam contra Deus e são hostis ao seu povo. O número de integrantes desse exército é incontável como a areia do mar. Na batalha, as nações marcharam por toda a superfície da terra e cercaram o acampamento dos santos, a cidade amada, mas um fogo desceu do céu e as devorou. Satanás, o enganador, foi lançado no lago de fogo que arde com enxofre, onde já haviam sido lançados a besta e o falso profeta; eles serão atormentados dia e noite, para todo o sempre.

Acontece finalmente o julgamento de Deus diante do grande trono branco. A terra e o céu já não mais existiam. Os que haviam morrido, grandes e pequenos, estavam em pé diante do trono. O mar, a morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia e livros foram abertos. Foi também aberto o livro da vida. Os mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que estava registrado nos livros. O lago de fogo recebeu aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida, bem como a morte e o Hades: não havia mais necessidade deles, pois finalmente a morte fora tragada na vitória.

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