terça-feira, 30 de março de 2021

17. HÁ DE ACONTECER: NOVA JERUSALÉM


“Então vi novos céus e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado, e o mar já não existia. Vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém... (Apocalipse 21.1-2a)

O final do denso texto anterior declara que “a terra e o céu já não mais existiam e o lago de fogo recebeu a morte e o Hades, pois não havia mais necessidade deles”. O presente texto nos leva finalmente para a renovação de todas as coisas, começando pela Nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus, “preparada como uma noiva adornada para o seu marido”

Uma forte voz foi ouvida do trono dizendo: “Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá; eles serão o seu povo, o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus; ele enxugará dos seus olhos toda lágrima: não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou”. Deus afirma estar fazendo novas todas as coisas, em palavras “verdadeiras e dignas de confiança”.

Assim afirmou “o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim”: Quem tiver sede, beberá gratuitamente da fonte da água da vida; “o vencedor herdará tudo isto, e eu serei seu Deus e ele será meu filho”. Um alerta aos que não se arrependem: “os covardes, os incrédulos, os depravados, os assassinos, os que cometem imoralidade sexual, os que praticam feitiçaria, os idólatras e todos os mentirosos” terão lugar no lago de fogo que arde com enxofre. “Esta é a segunda morte”, a morte espiritual.

Um dos sete anjos das últimas pragas levou João em Espírito a um grande e alto monte e mostrou-lhe a Cidade Santa, Jerusalém, “que descia dos céus, da parte de Deus”. A descrição da cidade é bastante simbólica: Ela resplandecia com a glória de Deus, seu brilho era como o de uma joia muito preciosa; era cercada de um grande e alto muro, com doze portas e doze anjos junto a elas; nelas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel; havia três portas em cada um dos quatro lados da cidade. Doze fundamentos serviam de base para o muro da cidade e neles estavam os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. Nas doze portas e nos doze fundamentos dos muros, Israel e a Igreja estão representados.

Uma vara feita de ouro foi usada para medir a cidade, suas portas e seus muros. Ela era quadrangular, com comprimento e largura iguais; foram medidos dois mil e duzentos quilômetros de comprimento, de largura e de altura: as medidas revelaram um cubo, logicamente simbólico. O muro mediu sessenta e cinco metros de espessura, simbolicamente feito de jaspe, sendo a cidade de ouro puro, semelhante ao vidro puro. Pedras preciosas ornamentavam os fundamentos dos muros da cidade: jaspe, safira, calcedônia, esmeralda, sardônico, sárdio, crisólito, berilo, topázio, crisópraso, jacinto e  ametista. Cada uma das doze portas era feita de uma única pérola. A rua principal da cidade era de ouro puro, como vidro transparente.

Não havia templo algum na cidade, pois o Senhor Deus todo-poderoso e o Cordeiro são o seu templo.  Não são necessários sol e lua, pois a glória de Deus a ilumina e o Cordeiro é a sua candeia.  Nações e reis lhe entregarão a sua glória. “Suas portas jamais se fecharão de dia, pois ali não haverá noite”. Jamais entrará nela algo impuro ou alguém que pratique o que é vergonhoso ou enganoso, “mas unicamente aqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro”.

O rio da água da vida, claro como cristal, fluía do trono de Deus e do Cordeiro no meio da rua principal da cidade. De cada lado do rio estava a árvore da vida, cujas folhas servem para a cura das nações, com doze frutos por ano. Não haverá mais maldição nenhuma. O trono de Deus e do Cordeiro estará na cidade, e os seus servos o servirão; eles verão a sua face e o seu nome estará em suas testas. O Senhor Deus será a sua luz e eles reinarão para todo o sempre.

Finalizando a profecia, o anjo reafirma que as palavras ditas por ele são dignas de confiança e verdadeiras, sendo que o Deus dos espíritos dos profetas o havia enviado para mostrar as coisas que em breve hão de acontecer. “Feliz é aquele que guarda as palavras da profecia deste livro”. João novamente é levado a adorar o anjo diante da grandeza da profecia, e volta a ser advertido: “Não faça isso! Sou servo como você e seus irmãos, os profetas, e como os que guardam as palavras deste livro. Adore a Deus!”

As palavras da profecia deste livro não devem ser seladas, “pois o tempo está próximo”. Enquanto isso, que o pecador continue pecando e que o santo continue a santificar-se. Como mensagem final, Jesus reitera sua breve volta, retribuindo a cada um de acordo com o que fez: os que lavaram suas vestes têm direito à árvore da vida e podem entrar na cidade pelas portas; os cães, os que praticam feitiçaria, os que cometem imoralidades sexuais, os assassinos, os idólatras e todos os que amam e praticam a mentira ficam de fora. Jesus, a Raiz e o Descendente de Davi, a resplandecente Estrela da Manhã, enviou o seu anjo para dar a todos este testemunho concernente às igrejas. Há, porém, uma advertência: “Se alguém lhe acrescentar algo, Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste livro.  Se alguém tirar alguma palavra deste livro de profecia, Deus tirará dele a sua parte na árvore da vida e na cidade santa, que são descritas neste livro.

Diante de tanta grandeza de promessa e de esperança, juntamo-nos a João na oração final: “Amém. Ora vem, Senhor Jesus!” Maranata!

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