“Então vi novos céus e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira
terra tinham passado, e o mar já não existia. Vi a Cidade Santa, a nova
Jerusalém... (Apocalipse 21.1-2a)
O final do denso texto anterior declara
que “a terra e o céu já não mais existiam e o lago de fogo recebeu a
morte e o Hades, pois não havia mais necessidade deles”. O presente texto
nos leva finalmente para a renovação de todas as coisas, começando
pela Nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus, “preparada
como uma noiva adornada para o seu marido”.
Uma forte voz foi ouvida do trono
dizendo: “Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais
ele viverá; eles serão o seu povo, o próprio Deus estará com eles e será o seu
Deus; ele enxugará dos seus olhos toda lágrima: não haverá mais morte, nem
tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou”. Deus
afirma estar fazendo novas todas as coisas, em palavras “verdadeiras e
dignas de confiança”.
Assim afirmou “o Alfa e o Ômega, o
Princípio e o Fim”: Quem tiver sede, beberá gratuitamente da fonte da água
da vida; “o vencedor herdará tudo isto, e eu serei seu Deus e ele será
meu filho”. Um alerta aos que não se arrependem: “os covardes, os
incrédulos, os depravados, os assassinos, os que cometem imoralidade sexual, os
que praticam feitiçaria, os idólatras e todos os mentirosos” terão
lugar no lago de fogo que arde com enxofre. “Esta é a segunda morte”, a
morte espiritual.
Um dos sete anjos das últimas pragas
levou João em Espírito a um grande e alto monte e mostrou-lhe a Cidade Santa,
Jerusalém, “que descia dos céus, da parte de Deus”. A descrição da
cidade é bastante simbólica: Ela resplandecia com a glória de Deus, seu brilho
era como o de uma joia muito preciosa; era cercada de um grande e alto muro,
com doze portas e doze anjos junto a elas; nelas estavam escritos os nomes das
doze tribos de Israel; havia três portas em cada um dos quatro lados da cidade.
Doze fundamentos serviam de base para o muro da cidade e neles estavam os nomes
dos doze apóstolos do Cordeiro. Nas doze portas e nos doze fundamentos dos
muros, Israel e a Igreja estão representados.
Uma vara feita de ouro foi usada para
medir a cidade, suas portas e seus muros. Ela era quadrangular, com
comprimento e largura iguais; foram medidos dois mil e duzentos quilômetros de
comprimento, de largura e de altura: as medidas revelaram um cubo, logicamente
simbólico. O muro mediu sessenta e cinco metros de espessura,
simbolicamente feito de jaspe, sendo a cidade de ouro puro, semelhante ao vidro
puro. Pedras preciosas ornamentavam os fundamentos dos muros da cidade:
jaspe, safira, calcedônia, esmeralda, sardônico, sárdio, crisólito, berilo,
topázio, crisópraso, jacinto e ametista. Cada uma das doze
portas era feita de uma única pérola. A rua principal da cidade era de ouro
puro, como vidro transparente.
Não havia templo algum na cidade, pois
o Senhor Deus todo-poderoso e o Cordeiro são o seu templo. Não são
necessários sol e lua, pois a glória de Deus a ilumina e o Cordeiro é a sua
candeia. Nações e reis lhe entregarão a sua glória. “Suas
portas jamais se fecharão de dia, pois ali não haverá noite”. Jamais
entrará nela algo impuro ou alguém que pratique o que é vergonhoso ou enganoso,
“mas unicamente aqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida do
Cordeiro”.
O rio da água da vida, claro como
cristal, fluía do trono de Deus e do Cordeiro no meio da rua principal da
cidade. De cada lado do rio estava a árvore da vida, cujas folhas servem para a
cura das nações, com doze frutos por ano. Não haverá mais maldição
nenhuma. O trono de Deus e do Cordeiro estará na cidade, e os seus servos o
servirão; eles verão a sua face e o seu nome estará em suas testas. O Senhor
Deus será a sua luz e eles reinarão para todo o sempre.
Finalizando a profecia, o anjo reafirma
que as palavras ditas por ele são dignas de confiança e verdadeiras, sendo que
o Deus dos espíritos dos profetas o havia enviado para mostrar
as coisas que em breve hão de acontecer. “Feliz é aquele que guarda as
palavras da profecia deste livro”. João novamente é levado a adorar o
anjo diante da grandeza da profecia, e volta a ser advertido: “Não faça
isso! Sou servo como você e seus irmãos, os profetas, e como os que guardam as
palavras deste livro. Adore a Deus!”
As palavras da profecia deste livro não
devem ser seladas, “pois o tempo está próximo”. Enquanto isso, que
o pecador continue pecando e que o santo continue a santificar-se. Como
mensagem final, Jesus reitera sua breve volta, retribuindo a cada um de acordo
com o que fez: os que lavaram suas vestes têm direito à árvore da vida e podem
entrar na cidade pelas portas; os cães, os que praticam feitiçaria, os que
cometem imoralidades sexuais, os assassinos, os idólatras e todos os que amam e
praticam a mentira ficam de fora. Jesus, a Raiz e o Descendente de Davi, a
resplandecente Estrela da Manhã, enviou o seu anjo para dar a todos este testemunho
concernente às igrejas. Há, porém, uma advertência: “Se alguém lhe
acrescentar algo, Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste
livro. Se alguém tirar alguma palavra deste livro de profecia, Deus
tirará dele a sua parte na árvore da vida e na cidade santa, que são descritas
neste livro.
Diante de tanta grandeza de promessa e
de esperança, juntamo-nos a João na oração final: “Amém. Ora vem,
Senhor Jesus!” Maranata!
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