“Mestre”,
perguntaram eles, “quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal de que
elas estão prestes a acontecer?” (Lucas 21.7)
Quais são e
como entender as profecias bíblicas que se referem à segunda volta de Cristo?
Vamos iniciar pelas profecias proferidas pelo próprio Senhor Jesus Cristo e
registradas por seus seguidores no Novo Testamento.
As
profecias sobre a segunda vinda de Cristo foram proferidas por ele mesmo no
final do seu ministério, em relato de Mateus 24 e 25, Marcos 13 e Lucas
25 a partir do verso 5. No capítulo 23 de Mateus, Jesus aparece censurando
a hipocrisia dos escribas e fariseus e, no final, chora sobre Jerusalém,
que “mata os profetas que lhe são enviados”. Então ele diz: “Eis
que a casa de vocês ficará deserta (v. 38). “Pois eu lhes digo
que vocês não me verão mais, até que digam: ‘Bendito é o que vem em nome do
Senhor’” (v. 39). O verso 38 anuncia a destruição de
Jerusalém e o 39 aponta para o final dos tempos.
Jesus já
havia alertado sobre o que aconteceria com a sua própria vida nos dias que
viriam: prisão, julgamento, morte, ressurreição, ascensão aos céus e segunda
vinda. Ele e seus discípulos estavam diante do Templo de Jerusalém, quando
alguns dos seguidores começaram a comentar “como o templo era adornado
com lindas pedras e dádivas dedicadas a Deus”. Jesus lhes respondeu: “Disso
que vocês estão vendo, dias virão em que não ficará pedra sobre pedra; serão
todas derrubadas” (Lucas 21.6). A seguir, os discípulos perguntam ao
Salvador duas coisas: “quando acontecerão essas coisas” e “qual será o sinal
de que elas estão prestes a acontecer”.
A primeira
pergunta, quando acontecerão essas coisas, refere-se claramente ao
Templo; a segunda, qual será o sinal de que elas estão prestes a
acontecer, refere-se à sua segunda vinda. Jesus responde a essas duas
perguntas de uma só vez; por isso, é preciso separar o que Cristo disse sobre o
Templo e sua destruição e o que afirmou sobre sua segunda vinda no seu chamado
“Sermão Profético”. Ambos os acontecimentos eram ainda futuros para Jesus e
seus seguidores na ocasião; para nós, no século XXI, o primeiro é histórico e o
segundo ainda é profético.
Vamos
tratar neste texto do histórico, a destruição de Jerusalém e do Templo,
comandada por Tito, filho do imperador romano Vespasiano. Sobre a destruição
que viria sobre Jerusalém, nossa referência será Mateus 24.20-24 e 30 e 31.
Citando os pontos-chave do texto, ao afirmar que não ficaria pedra sobre pedra,
sendo todas derrubadas, Jesus alertou para a devastação da cidade, que estaria
próxima quando vissem Jerusalém rodeada de exércitos. Aqueles que estivessem
na Judéia deveriam fugir para os montes, os que estivessem na cidade deveriam
sair em fuga e os que estivessem no campo não deveriam entrar na
cidade. Seriam dias da vingança, em cumprimento a tudo o que havia
escrito; seriam dias terríveis, principalmente para as grávidas e para as que
estivessem amamentando. Haveria grande aflição na terra e ira contra o povo
judeu, que cairia pela espada e seria levado como prisioneiro para todas as
nações. Jerusalém seria pisada pelos gentios, até que os tempos deles se
cumprissem. Após algumas afirmações referentes à sua segunda vinda, Jesus
afirmou ainda sobre a destruição de Jerusalém e do Templo: “Eu lhes
asseguro que não passará esta geração até que todas estas coisas
aconteçam. Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais
passarão”. Realmente, cerca de quarenta anos transcorreram entre
aquela cena em frente ao Templo e sua destruição no ano 70 do primeiro século.
Quando Jerusalém foi destruída, a história registra que a Igreja havia lembrado
o que Jesus alertara e fugido para uma região transjordânica chamada Pella.
Os
verdadeiros profetas, e o próprio Senhor Jesus como um deles, deixaram
profecias que foram todas cumpridas. Esta feita pelo Salvador foi uma delas. A
seguir, veremos o que Cristo deixou como profecia para o final dos tempos, algo
que começa a se cumprir na nossa geração, segundo cremos, com base nos
acontecimentos deste século no qual vivemos.
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