quarta-feira, 17 de março de 2021

6. JESUS PROFETIZA A DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM

 

“Mestre”, perguntaram eles, “quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal de que elas estão prestes a acontecer?” (Lucas 21.7)

Quais são e como entender as profecias bíblicas que se referem à segunda volta de Cristo? Vamos iniciar pelas profecias proferidas pelo próprio Senhor Jesus Cristo e registradas por seus seguidores no Novo Testamento.

As profecias sobre a segunda vinda de Cristo foram proferidas por ele mesmo no final do seu ministério, em relato de Mateus 24 e 25, Marcos 13 e Lucas 25 a partir do verso 5. No capítulo 23 de Mateus, Jesus aparece censurando a hipocrisia dos escribas e fariseus e, no final, chora sobre Jerusalém, que “mata os profetas que lhe são enviados”. Então ele diz: “Eis que a casa de vocês ficará deserta (v. 38). “Pois eu lhes digo que vocês não me verão mais, até que digam: ‘Bendito é o que vem em nome do Senhor’” (v. 39)O verso 38 anuncia a destruição de Jerusalém e o 39 aponta para o final dos tempos.

Jesus já havia alertado sobre o que aconteceria com a sua própria vida nos dias que viriam: prisão, julgamento, morte, ressurreição, ascensão aos céus e segunda vinda. Ele e seus discípulos estavam diante do Templo de Jerusalém, quando alguns dos seguidores começaram a comentar “como o templo era adornado com lindas pedras e dádivas dedicadas a Deus”. Jesus lhes respondeu: “Disso que vocês estão vendo, dias virão em que não ficará pedra sobre pedra; serão todas derrubadas” (Lucas 21.6). A seguir, os discípulos perguntam ao Salvador duas coisas: “quando acontecerão essas coisas” e “qual será o sinal de que elas estão prestes a acontecer”.

A primeira pergunta, quando acontecerão essas coisas, refere-se claramente ao Templo; a segunda, qual será o sinal de que elas estão prestes a acontecer, refere-se à sua segunda vinda. Jesus responde a essas duas perguntas de uma só vez; por isso, é preciso separar o que Cristo disse sobre o Templo e sua destruição e o que afirmou sobre sua segunda vinda no seu chamado “Sermão Profético”. Ambos os acontecimentos eram ainda futuros para Jesus e seus seguidores na ocasião; para nós, no século XXI, o primeiro é histórico e o segundo ainda é profético.

Vamos tratar neste texto do histórico, a destruição de Jerusalém e do Templo, comandada por Tito, filho do imperador romano Vespasiano. Sobre a destruição que viria sobre Jerusalém, nossa referência será Mateus 24.20-24 e 30 e 31. Citando os pontos-chave do texto, ao afirmar que não ficaria pedra sobre pedra, sendo todas derrubadas, Jesus alertou para a devastação da cidade, que estaria próxima quando vissem Jerusalém rodeada de exércitos. Aqueles que estivessem na Judéia deveriam fugir para os montes, os que estivessem na cidade deveriam sair em fuga e os que estivessem no campo não deveriam entrar na cidade. Seriam dias da vingança, em cumprimento a tudo o que havia escrito; seriam dias terríveis, principalmente para as grávidas e para as que estivessem amamentando. Haveria grande aflição na terra e ira contra o povo judeu, que cairia pela espada e seria levado como prisioneiro para todas as nações. Jerusalém seria pisada pelos gentios, até que os tempos deles se cumprissem. Após algumas afirmações referentes à sua segunda vinda, Jesus afirmou ainda sobre a destruição de Jerusalém e do Templo: “Eu lhes asseguro que não passará esta geração até que todas estas coisas aconteçam. Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão”. Realmente, cerca de quarenta anos transcorreram entre aquela cena em frente ao Templo e sua destruição no ano 70 do primeiro século. Quando Jerusalém foi destruída, a história registra que a Igreja havia lembrado o que Jesus alertara e fugido para uma região transjordânica chamada Pella.

Os verdadeiros profetas, e o próprio Senhor Jesus como um deles, deixaram profecias que foram todas cumpridas. Esta feita pelo Salvador foi uma delas. A seguir, veremos o que Cristo deixou como profecia para o final dos tempos, algo que começa a se cumprir na nossa geração, segundo cremos, com base nos acontecimentos deste século no qual vivemos. 

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