“Caim teve relações com sua mulher e ela engravidou e deu à luz Enoque” (Gênesis 4.17).
“Também a
Sete nasceu um filho, a quem deu o nome de Enos. Nessa época começou-se a
invocar o nome do Senhor” (Gênesis 4.26).
O primeiro
homicídio, chamado mais tecnicamente de fratricídio, foi praticado por
Caim, o primogênito de Adão e Eva. Para substituir Abel, nasceu Sete. A partir
daí, formaram-se duas gerações, partindo desses dois filhos do primeiro casal:
a geração de Caim, que se afastou da presença do Senhor e foi viver
na terra de Node, e a de Sete. A geração de Caim criou rebanhos, tendas,
cidades, desenvolveu a música e instrumentos musicais, fabricou ferramentas de
bronze e ferro, conforme Gênesis 4. É verdade que também criou a bigamia, através
de Lameque, contrariando o casamento entre um homem e uma mulher instituído
pelo próprio Deus. Desenvolveu-se, materialmente, mas decaiu espiritualmente,
descendendo de alguém que foi afastado da comunhão do Senhor. A geração de
Sete, através de seu filho Enos, “começou a invocar o nome
do Senhor”. Através da geração de Sete, vieram ao mundo: Enoque,
aquele que andou com Deus e não conheceu a morte; Matusalém, o homem de maior
longevidade neste mundo, segundo a Bíblia; Noé, seu neto, que foi o ser humano
que “achou graça aos olhos do Senhor”, segundo Gênesis 6.8.
Na verdade,
desde Adão até Noé, houve duas gerações distintas no mundo: a de Caim, às vezes
chamada de genealogia dos ímpios, ou da serpente, como fruto do
pecado; a de Sete, chamada de genealogia dos justos, ou da mulher,
pois foi a Eva que Deus prometeu que dela sairia aquele que esmagaria a cabeça
da serpente. Jesus Cristo provém da genealogia de Sete. As duas genealogias
nasceram separadas, gerando as ideias iniciais de “bem” e “mal”, mas, com o passar
do tempo, “os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram bonitas,
e escolheram para si aquelas que lhes agradaram”, conforme Gênesis 6.2.
Misturaram-se, pois, as gerações, prevalecendo o mal e levando Deus a destruir
a terra com o dilúvio, salvando apenas a família de Noé, um grupo de oito
pessoas para repovoar a terra, buscando um novo começo para a humanidade. Todos
nós somos semitas, camitas ou jaféticos, seguindo uma das três gerações dos
filhos de Noé.
Na verdade,
o bem e o mal está dentro de cada ser humano, já que todos formos criados à
imagem e semelhança de Deus, para o bem, mas, através do pecado adâmico, todos
pecamos e fomos destituídos da glória de Deus. Todos nascemos no “caminho
largo” citado por Jesus no Sermão do Monte; felizmente existe uma possibilidade
de opção pelo “caminho estreito”, através do próprio sacrifício de Jesus Cristo
na cruz. Não podemos simplesmente polarizar a questão humana entre bem e mal,
como divisor de águas em todos os setores da atividade humana.
Hoje,
vivemos em um país e em um mundo que está polarizado politicamente, dividido
entre direita e esquerda, criando-se um dilema de difícil solução. Dizem os
entendidos que os conceitos de direita e esquerda estão ultrapassados, assim
como não podemos caracterizar qualquer dos lados da bipolaridade com as ideias
de bem e mal. No entanto, existem profecias bíblicas que apontam para os
últimos dias antes da volta de Cristo, mostrando que, no final, Deus, o bem,
prevalecerá contra o diabo, o mal.
Com tudo o
que foi dito até aqui, abrimos o campo para a discussão das profecias
escatológicas, aquelas que procuram mostrar como serão os eventos do final dos
tempos, com a volta de Cristo. Profecias normalmente usam símbolos e linguagem
que representam verdades e pessoas de forma pouco clara, dando margem a
múltiplas interpretações. Vamos procurar discutir essas visões, não dando
preferência a nenhuma delas, embora tenhamos por vezes que citá-las. Que Deus
nos abençoe neste propósito e que essas profecias, centralizadas no seu livro
mais importante, o Apocalipse, possam nos trazer esperança e edificação de
vidas, ao vislumbrarmos o cumprimento de todas as promessas de Deus na
eternidade.
“Aleluia!
Salvação, e glória, e honra, e poder pertencem ao Senhor, nosso Deus, porque
verdadeiros e justos são os seus juízos...” (Apocalipse 19.1b-2a)
“Agora
chegada está a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu
Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do
nosso Deus os acusava de dia e de noite” (Apocalipse 12.10).
“Os reinos
do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo
o sempre” (Apocalipse 11.15b).
Aleluia!
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