“Eis que ele vem com as nuvens, / e todo olho o verá, / até mesmo aqueles que o traspassaram; / e todos os povos da terra / se lamentarão por causa dele. / Assim será! Amém. “Eu sou o Alfa e o Ômega”, diz o Senhor Deus, “o que é, o que era e o que há de vir, o Todo-poderoso.” (Apocalipse 1. 7-8)
Este será, se Deus quiser, um texto prazeroso
de escrever e de ler. Vamos falar da arte no livro do Apocalipse,
principalmente a poesia e a música. Confesso que, mesmo tendo lido e Bíblia e o
Apocalipse mais de uma vez durante a minha vida, eu nunca havia percebido a
existência da arte apocalíptica. Como nós temos cantado nas nossas igrejas, ao
longo do tempo, hinos cuja letra foi inspirada, adaptada e até copiada do Apocalipse!
Começando no primeiro capítulo, o texto inicial é poesia do primeiro capítulo
do livro. Vamos conhecer, pois o assunto é extenso.
“Santo, santo, santo / é
o Senhor, o Deus todo-poderoso, que era, que é e que há de vir”. (4.8b)
“Tu, Senhor e Deus nosso,
/ és digno de receber / a glória, a honra e o poder, / porque
criaste todas as coisas, / e por tua vontade elas
existem / e foram criadas”. (4.11)
Estes dois textos foram
louvores apresentados na sala do Trono de Deus, por ocasião da abertura do livro
dos sete selos. O segundo texto não lhe pareceu familiar? Ainda no mesmo
episódio:
“Tu és digno de receber
o livro
/ e de abrir os seus
selos, / pois foste morto, / e com teu sangue compraste para Deus / gente de
toda tribo, língua, povo e nação. / Tu os constituíste reino e sacerdotes / para o nosso
Deus, / e eles reinarão sobre a terra”. (5.9-10)
“Digno é o Cordeiro / que
foi morto / de receber poder, riqueza, sabedoria, força, / honra, glória e
louvor!” (5.12). No mesmo episódio ainda, quem ainda
não cantou:
“Àquele que está
assentado / no trono e
ao Cordeiro / sejam o louvor, a honra, / a
glória e o poder, / para todo o sempre!” (5.13)
Quando
o apocalipse menciona pela primeira vez os 144.000 de Israel, lemos os versos
seguintes:
“A salvação pertence / ao nosso Deus, / que se
assenta no trono, /e ao Cordeiro”. (7.10)
“Amém! / Louvor e
glória, / sabedoria, ação de graças, / honra,
poder e força / sejam ao nosso Deus / para todo o sempre. / Amém!” (7.11)
“Estes são os que
vieram da grande tribulação e lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue
do Cordeiro. Por isso: eles estão / diante do
trono de
Deus / e o servem dia e noite / em seu santuário; / e
aquele que está assentado no trono / estenderá sobre eles / o seu tabernáculo.
/ Nunca mais terão fome, / nunca mais terão sede. / Não
os afligirá o sol, / nem qualquer calor abrasador,
/ pois o Cordeiro que está / no centro do trono / será o seu Pastor; /
ele os guiará às fontes / de água viva. / E Deus enxugará dos seus olhos toda lágrima”. (7.14b-17)
Quando foi tocada a sétima trombeta, houve fortes vozes nos
céus que diziam:
“O reino do mundo / se
tornou de nosso Senhor / e do seu Cristo, / e ele reinará / para
todo o sempre”. (11.15b)
Handel baseou-se nesta
referência para a criação do majestoso “Aleluia”. Ainda no mesmo episódio da 7ª
trombeta, temos o poema:
“Graças te damos, / Senhor
Deus todo-poderoso, / que és e que eras, / porque assumiste / o teu grande
poder / e começaste a reinar. / As nações se iraram; / e chegou a tua ira.
/ Chegou o tempo de julgares / os mortos / e de
recompensares / os teus servos, os profetas, / os teus santos / e os que temem o teu
nome, /tanto pequenos / como grandes, / e de destruir / os que destroem a
terra”. (11.17-18)
No episódio da mulher
grávida e o dragão, lemos o poema:
“Agora veio a salvação,
/ o poder e o Reino / do nosso Deus, / e a autoridade do seu Cristo, / pois foi
lançado fora / o acusador dos nossos irmãos, / que os
acusa diante / do nosso Deus, dia e noite. / Eles o
venceram / pelo
sangue do Cordeiro / e pela palavra do testemunho / que deram; / diante da
morte, / não amaram a própria vida. / Portanto, celebrem-no, ó céus, / e os que neles habitam! / Mas,
ai da terra e do mar, / pois o Diabo desceu até vocês! / Ele está cheio de
fúria, / pois sabe que lhe resta / pouco tempo”. (12.1012)
Por ocasião do início
das sete taças da ira de Deus e as pragas, lemos o poema (será que não soa
familiar?):
“Grandes e maravilhosas
/ são as tuas obras, / Senhor Deus todo-poderoso. / Justos e verdadeiros / são
os teus caminhos, / ó Rei das nações. / Quem não te temerá, ó Senhor? / Quem
não glorificará o teu nome? / Pois tu somente és santo. / Todas as nações virão
à tua presença / e te adorarão, / pois os teus atos de justiça / se tornaram
manifestos”. (15.3b-4)
Após o derramar da
terceira taça, ouviu-se o louvor:
“Tu és justo, / tu,
o Santo, que és e que eras, / porque julgaste estas coisas; / pois eles
derramaram / o
sangue dos teus santos / e dos teus profetas, / e tu lhes deste sangue / para
beber, / como eles merecem”. E
ouvi o altar responder: “Sim, Senhor Deus todo-poderoso, / verdadeiros e
justos / são os teus juízos”. (16.5b-7)
O louvor final ocorre
anunciando o último casamento, as bodas do Cordeiro (Jesus Cristo) com sua
noiva (a Igreja):
“Louvem o nosso Deus, / todos
vocês, seus servos, / vocês que o temem, / tanto
pequenos como grandes!” (19.5b)
“Aleluia!, / pois
reina / o Senhor, o nosso Deus, / o
Todo-poderoso./
Regozijemo-nos! Vamos alegrar-nos / e dar-lhe glória! / Pois
chegou a hora / do casamento do Cordeiro, / e a sua
noiva já se aprontou. /Para vestir-se, foi-lhe dado / linho fino, brilhante e
puro”. (19.6b-8a)
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